O Governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Piauí (Interpi), realizou, nesta sexta-feira (13), a maior entrega de títulos de propriedade rural da história do Piauí. A cerimônia ocorreu no assentamento Macambira, localizado no município de Batalha, no norte do estado, e contemplou 911 famílias com a titulação de suas terras.
Com essa entrega, o Governo do Estado já soma mais de 10 mil títulos rurais distribuídos durante a atual gestão. Somando-se aos mais de 70 mil títulos urbanos já entregues, são cerca de 80 mil famílias, tanto da zona rural quanto da urbana, que agora têm assegurado o direito pleno à terra.
A comunidade Macambira é uma das maiores áreas de assentamento da América Latina, com cerca de 3 mil famílias residentes. A ocupação da área teve início em 1929, e em 1983 o Estado do Piauí realizou a desapropriação do território, até então pertencente à Diocese. Em 2024, um total 589 famílias haviam recebido seus documentos, totalizando agora 1.500 títulos entregues à população do assentamento.
Para o governador, a titulação dessa terra representa segurança jurídica e avanço econômico. “Essa é a maior entrega de títulos de propriedade rural da história do Piauí. Isso representa não só dignidade e segurança, mas também desenvolvimento econômico, porque com o registro em cartório você a a ter o a crédito e a diversas políticas públicas”, afirmou Rafael Fonteles.
O diretor do Interpi, Rodrigo Cavalcante, destacou que a ação representa o cumprimento de uma determinação do governador de levar a titulação de terra para todo o estado. “Hoje fizemos a maior entrega da história do Interpi. É mais dignidade, cidadania e segurança jurídica para milhares de trabalhadores rurais aqui da Macambira, em Batalha, que a partir de agora vão ter o a mais políticas públicas, crédito e direitos. Seguiremos com esse trabalho de norte a sul do estado”, declarou o gestor.
Entre os beneficiados está João Batista Mesquita, que há décadas aguardava a titulação da sua terra. “Antes nós não tínhamos nenhum papel que provasse que a terra era nossa. Hoje, com esse título, é uma alegria imensa. Eu sou produtor rural, cultivo arroz, milho e feijão com meu filho. A gente trabalha junto em dois hectares e meio. Moro aqui há mais de 30 anos e agora posso dizer que a terra é, de fato, minha”, celebrou o morador do assentamento Macambira.